Comentei em breve artigo - aqui publicado - tal desgraça pedagógica.
Considerei preliminarmente, portanto, os seguintes fatos:
1. É de conhecimento geral que, à moda do pêndulo de Foucault, historicamente, passamos períodos de maior ou de menor liberdade, e sempre com tendência ao exagero em cada qual dos extremos.
2. Recentemente - pelo menos para os que estão perto dos 50 anos - vivemos uma ditadura militar, um longo período autoritário em que se impunha e se incentivava uma hierarquia agressiva e castradora.
3. A partir do final dos anos oitenta, concomitante à redemocratização do país, assistimos a uma verdadeira revolução de costumes, quase sempre saudável e que deve ser recebida como uma grande conquista da sociedade brasileira.
4. Não obstante, alerte-se, há que estarmos atentos aos exageros de «liberdade», que podem caracterizá-la como anarquia pura e simples. Mera ausência de hierarquia. Expressando quase uma formação reativa aos tempos de ditadura.
5. A hierarquia saudável - chamada de holoarquia - nasce do amor, por exemplo, do pai e da mãe pelo filho.
É essa autoridade saudável que devemos resgatar para que possamos educar, de fato, nossos filhos.
Autoridade resgatada que, antes de ser um poder, é um dever. Antes de ser um direito, é um ato de amor. Não devemos esmorecer no mister de mostrar o caminho da responsabilidade e da autonomia aos nossos filhos. Mais tarde, com certeza, ele nos agradecerão.
Aqui acrescentarei, apenas, que o problema na escola torna-se mais visível e, portanto, mais fácil de se combater.
Como primeira sugestão: toda escola deve ter um psicólogo devidamente preparado para cada grupo de duzentos alunos. Acredito que seria um bom começo.
E assim chegamos ao fim deste longo post segmentado sobre o provisório e incompleto "Primeiro Ranking das Desgraças Pedagógicas Contemporâneas". 2ª - Neste cartum o artista foi especialmente preciso |
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