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Blog em que Rildo Oliveira comenta e ilustra temas de interesse permanente, as últimas notícias e os fatos do cotidiano.
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terça-feira, 31 de maio de 2011
segunda-feira, 30 de maio de 2011
domingo, 29 de maio de 2011
Nossas origens mais remotas
Concepção artística de um casal de australopihtecus |
Para mim, é fascinante pensar sobre as nossas origens ancestrais.
Pensar sobre o quanto delas ainda habita hoje em nós.
A Teoria da Evolução nos informa que há seis milhões de anos nascia o último ancestral comum a homens e chimpanzés, um ser ainda desconhecido do ramo dos primatas, o famoso elo perdido.
Um milhão de anos depois tal ser evoluiria para o australopihtecus.
E dele para nós foi um pulo, pelo menos do ponto de vista da história do planeta.
O australopihtecus originou o homo erectus, que originou o homo heidelbergensis, depois vieram e conviveram, há duzentos mil anos: o homo neanderthalensis e o homo sapiens.
Há 30 000 anos nós somos a única espécie humana na Terra.
Provavelmente demos cabo em nossos primos neandertais.
Mas trazemos em nós uma história ainda mais longa, de mamíferos, répteis, peixes...
Até os seres unicelulares, misteriosmente emergentes da matéria inanimada.
Inanimada?!
O físico, Marcelo Gleiser, diz e eu concordo que viemos da poeira das estrelas...
A explosão de uma estrela é uma explosão de morte, mas também é uma explosão para a vida.
Uma explosão criativa...
Uma boa semana para todos, com muita criatividade.
Concepção bem humorada de um grupo de australopihtecus |
sábado, 28 de maio de 2011
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Como funciona o mundo corporativo
Esse eu pesquei do blog do Waldemir Rorigues, porque é muito boa...
Todos os dias, uma formiga chegava cedinho ao escritório e pegava duro no trabalho. A formiga era produtiva e feliz. O gerente besouro estranhou a formiga trabalhar sem supervisão. Se ela era produtiva sem supervisão, seria ainda mais se fosse supervisionada. E colocou uma barata, que preparava belíssimos relatórios e tinha muita experiência, como supervisora.
A primeira preocupação da barata foi a de padronizar o horário de entrada e saída da formiga. Logo, a barata precisou de uma secretária para ajudar a preparar os relatórios e contratou também uma aranha para organizar os arquivos e controlar as ligações telefônicas.
O besouro ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também gráficos com indicadores e análise das tendências que eram mostradas em reuniões. A barata, então, contratou uma mosca, e comprou um computador com impressora colorida. Logo, a formiga produtiva e feliz, começou a se lamentar de toda aquela movimentação de papéis e reuniões!
O besouro concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga produtiva e feliz, trabalhava. O cargo foi dado a uma cigarra, que mandou colocar carpete no seu escritório e comprar uma cadeira especial..
A nova gestora cigarra logo precisou de um computador e de uma assistente a pulga (sua assistente na empresa anterior) para ajudá-la a preparar um plano estratégico de melhorias e um controle do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se tornava mais chateada.
A cigarra, então, convenceu o gerente besouro, que era preciso fazer um estudo de clima. Mas, o besouro, ao rever as cifras, se deu conta de que a unidade na qual a formiga trabalhava já não rendia como antes e contratou a coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico da situação. A coruja permaneceu três meses nos escritórios e emitiu um volumoso relatório, com vários volumes que concluía : Há muita gente nesta empresa!!
E adivinha quem o besouro mandou demitir?
A formiga, claro, porque ela andava muito desmotivada e aborrecida. ‘
Já viu esse filme antes?…
Todos os dias, uma formiga chegava cedinho ao escritório e pegava duro no trabalho. A formiga era produtiva e feliz. O gerente besouro estranhou a formiga trabalhar sem supervisão. Se ela era produtiva sem supervisão, seria ainda mais se fosse supervisionada. E colocou uma barata, que preparava belíssimos relatórios e tinha muita experiência, como supervisora.
A primeira preocupação da barata foi a de padronizar o horário de entrada e saída da formiga. Logo, a barata precisou de uma secretária para ajudar a preparar os relatórios e contratou também uma aranha para organizar os arquivos e controlar as ligações telefônicas.
O besouro ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também gráficos com indicadores e análise das tendências que eram mostradas em reuniões. A barata, então, contratou uma mosca, e comprou um computador com impressora colorida. Logo, a formiga produtiva e feliz, começou a se lamentar de toda aquela movimentação de papéis e reuniões!
O besouro concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga produtiva e feliz, trabalhava. O cargo foi dado a uma cigarra, que mandou colocar carpete no seu escritório e comprar uma cadeira especial..
A nova gestora cigarra logo precisou de um computador e de uma assistente a pulga (sua assistente na empresa anterior) para ajudá-la a preparar um plano estratégico de melhorias e um controle do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se tornava mais chateada.
A cigarra, então, convenceu o gerente besouro, que era preciso fazer um estudo de clima. Mas, o besouro, ao rever as cifras, se deu conta de que a unidade na qual a formiga trabalhava já não rendia como antes e contratou a coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico da situação. A coruja permaneceu três meses nos escritórios e emitiu um volumoso relatório, com vários volumes que concluía : Há muita gente nesta empresa!!
E adivinha quem o besouro mandou demitir?
A formiga, claro, porque ela andava muito desmotivada e aborrecida. ‘
Já viu esse filme antes?…
Comportamento Saudável x Comportamento Patológico
Às vezes podemos nos perguntar se o que estamos fazendo é saudável ou não.
Parece ser tão complicado distinguir um comportamento saudável de um comportamento insano.
Dirão: são tantas as variáveis a se considerar; temos que contextualizar tais comportamentos etc.
Bobagens!
Há sim, um critério simples e seguro capaz de distinguir um comportamento sáudavel de um comportamento não-saudável.
Esse critério eu chamo de "a espada de Winnicott".
Para Winnicott, é na criatividade que a vida se faz digna de ser vivida.
Quando falo em criatividade, não falo necessariamente da criatividade do artista.
Falo da criatividade do vivo.
Falo do comportamento criativo suplantando o comportamento compulsivo.
O comportamento compulsivo é mecânico, robótico, morto. Insano.
O comportamento criativo é quântico, expontâneo, vivo. Saudável.
Simples, assim.
Parece ser tão complicado distinguir um comportamento saudável de um comportamento insano.
Dirão: são tantas as variáveis a se considerar; temos que contextualizar tais comportamentos etc.
Bobagens!
Há sim, um critério simples e seguro capaz de distinguir um comportamento sáudavel de um comportamento não-saudável.
Esse critério eu chamo de "a espada de Winnicott".
Para Winnicott, é na criatividade que a vida se faz digna de ser vivida.
Quando falo em criatividade, não falo necessariamente da criatividade do artista.
Falo da criatividade do vivo.
Falo do comportamento criativo suplantando o comportamento compulsivo.
O comportamento compulsivo é mecânico, robótico, morto. Insano.
O comportamento criativo é quântico, expontâneo, vivo. Saudável.
Simples, assim.
quinta-feira, 26 de maio de 2011
AÇÃO: Prefeitura, Ministério Público e Vara da Infância e da Juventude
Recebi, como um alento, esta notícia do Jornal Nacional de 26 de maio de 2011:
"Prefeitura do Rio muda forma de lidar com crianças e adolescentes usuários de drogas.
Autoridades não terão que perguntar se eles querem se tratar.
Aqueles que forem encontrados nas cracolândias serão recolhidos [compulsoriamente] para tratamento e só serão soltos depois de se livrarem do vício".
A decisão da Prefeitura tem o aval da Vara da Infância e da Juventude e do Ministério Público.
A nota negativa fica por conta da declaração - a meu ver inoportuna - da socióloga Irene Rizzini, que se manifestou contra à medida, levando-me a acreditar que a dita senhora tenha escapado das páginas do livro Cândido de Voltaire - já citado anteriormente neste blog - ou aterrado ontem à noite em nosso planeta, advinda de um planeta utópico distante.
É claro, senhora Rizzini, que precisamos acolher às famílias dessas desafortunadas crianças, mas as ações propostas pela Prefeitura já são tardias - não carecendo de objeções ingênuas, infundadas e redundantes, como as feitas pela senhora, data venia.
Aqui, manifesto a minha esperança de que outras prefeituras sigam o exemplo da Prefeitura do Rio de Janeiro e que ao Ministério Público e à Vara da Infância da Juventude, juntem-se outras instituições públicas e privadas, com o objetivo de debelar esta barbárie cruel em que lançamos - diariamente - nossas crianças.
Verdade que o MEC não quer ouvir; escrita na forma que o MEC quer...
Livros pra inguinorantes, por Carlos Eduardo Novaes
Jornal do Brasil
16/05/2011
Confeço qui to morrendo de enveja da fessora Heloisa Ramos que escrevinhou um livro cheio de erros de Português e vendeu 485 mil ezemplares para o Minestério da Educassão.
Eu dou um duro danado para não tropesssar na Gramática e nunca tive nenhum dos meus 42 livros comprados pelo Pograma Naçional do Livro Didáctico. Vai ver que é por isso: escrevo para quem sabe Portugues!
A fessora se ex-plica dizendo que previlegiou a linguagem horal sobre a escrevida. Só qui no meu modexto entender a linguajem horal é para sair pela boca e não para ser botada no papel. A palavra impreça deve obedecer o que manda a Gramática. Ou então a nossa língua vai virar um vale-tudo sem normas nem regras e agente nem precisamos ir a escola para aprender Português.
A fessora dice também que escreveu desse jeito para subestituir a nossão de “certo e errado” pela de “adequado e inadequado”.
Vai ver que quis livrar a cara do Lula que agora vive dando palestas e fala muita coisa inadequada. Só que a Gramatica eziste para encinar agente como falar e escrever corretamente no idioma portugues. A Gramática é uma espéce de Constituissão do edioma pátrio e para ela não existe essa coisa de adequado e inadequado. Ou você segue direitinho a Constituição ou você está fora da lei - como se diz? - magna.
Diante do pobrema um acessor do Minestério declarou que “o ministro Fernando Adade não faz análise dos livros didáticos”.
E quem pediu a ele pra fazer? Ele é um homem muito ocupado, mas deve ter alguém que fassa por ele e esse alguém com certesa só conhece a linguajem horal.
O asceçor afirmou ainda que o Minestério não é dono da Verdade e o ministro seria um tirano se disseçe o que está certo e o que está errado.
quarta-feira, 25 de maio de 2011
terça-feira, 24 de maio de 2011
"Os adversários do bom português"
Excelente reportagem de "Veja" mostra o descaso com a educação em nosso país.
Doutrinar crianças - diz a epígrafe - com a tese absurda de que não existe certo ou errado no uso da língua é afastá-las do que elas mais precisam para ascender na vida.
Mais uma vez, observa-se o Complexo Nietzscheziano dos detentores do poder de estarem Além do Bem e do Mal.
Primeiro na política, agora na língua portuguesa.
As reproduções de trechos da "obra" citada na matéria e adotada pelo MEC, não deixam dúvidas quanto a inadequação do tratamento dispensado à nossa, já tão surrada, língua pátria.
Confira:
Doutrinar crianças - diz a epígrafe - com a tese absurda de que não existe certo ou errado no uso da língua é afastá-las do que elas mais precisam para ascender na vida.
Mais uma vez, observa-se o Complexo Nietzscheziano dos detentores do poder de estarem Além do Bem e do Mal.
Primeiro na política, agora na língua portuguesa.
As reproduções de trechos da "obra" citada na matéria e adotada pelo MEC, não deixam dúvidas quanto a inadequação do tratamento dispensado à nossa, já tão surrada, língua pátria.
Confira:
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domingo, 22 de maio de 2011
Humanidade Regredida
Diferentemente de Cândido - personagem de Voltaire, que vivia no melhor dos mundos possíveis - vivemos num mundo cruel, caótico, injusto e instável.
Numa palavra, num mundo miserável para a maioria dos seres humanos do planeta.
E se perguntássemos qual a causa dos males do mundo?
Certamente que ouviríamos respostas do tipo:
- É a corrupção.
- A maldade humana.
- A ganância.
Ou então, uma resposta muito mais abalizada:
- Não existe uma causa única para os males do mundo.
A questão é bem mais complexa, e as causas são variadas.
Concordo.
Mas, insisto: poderíamos apontar uma causa específica para a crise global em que vivemos?
Ou, em outras palavras, o que estará por trás das tais causas variadas?
O que estará por trás da corrupção, da maldade, da ganância, do egoísmo, do consumismo, da falsidade, da dissimulação, da inveja, da tirania, da covardia...
Uma deficiência no nosso desenvolvimento coletivo.
Uma crise no processo de evolução da nossa espécie. Crise que fez Plotino nos colocar a meio caminho entre as feras e os deuses.
E mais, a quase total, estagnação do processo de desenvolvimento humano em suas várias linhas.
Na prática:
A escola do presente - quando "boa" - não passa de um site de treinamento em macetes para passar no ENEN; quando "ruim", nem isto.
A escola do futuro precisa ser um espaço público - pois somos seres iguais em dignidade - onde serão consideradas, em pé de igualdade, todas as linhas de desenvolvimento humano (as chamadas inteligências múltiplas): cognitiva, interpessoal, emocional, moral, espiritual...
Se assim não for, muitos de nós, continuaremos, em fuga, regredindo a uma condição animalesca e buscando, nas drogas, a solução para nossos conflitos, para nosso desespero.
Precisamos enxergar isto!
Numa palavra, num mundo miserável para a maioria dos seres humanos do planeta.
E se perguntássemos qual a causa dos males do mundo?
Certamente que ouviríamos respostas do tipo:
- É a corrupção.
- A maldade humana.
- A ganância.
Ou então, uma resposta muito mais abalizada:
- Não existe uma causa única para os males do mundo.
A questão é bem mais complexa, e as causas são variadas.
Concordo.
Mas, insisto: poderíamos apontar uma causa específica para a crise global em que vivemos?
Ou, em outras palavras, o que estará por trás das tais causas variadas?
O que estará por trás da corrupção, da maldade, da ganância, do egoísmo, do consumismo, da falsidade, da dissimulação, da inveja, da tirania, da covardia...
Uma deficiência no nosso desenvolvimento coletivo.
Uma crise no processo de evolução da nossa espécie. Crise que fez Plotino nos colocar a meio caminho entre as feras e os deuses.
E mais, a quase total, estagnação do processo de desenvolvimento humano em suas várias linhas.
Na prática:
A escola do presente - quando "boa" - não passa de um site de treinamento em macetes para passar no ENEN; quando "ruim", nem isto.
A escola do futuro precisa ser um espaço público - pois somos seres iguais em dignidade - onde serão consideradas, em pé de igualdade, todas as linhas de desenvolvimento humano (as chamadas inteligências múltiplas): cognitiva, interpessoal, emocional, moral, espiritual...
Se assim não for, muitos de nós, continuaremos, em fuga, regredindo a uma condição animalesca e buscando, nas drogas, a solução para nossos conflitos, para nosso desespero.
Precisamos enxergar isto!
Visão parcial da humanidade regredida |
sábado, 21 de maio de 2011
Mundo Consumista
Consumismo é um outro nome dado à nossa alienação persistente.
Mas, do que, exatamente, estamos alienados?
Wilber diz que estamos alienados de nossa própria natureza, de nosso "Ser autêntico" e de nossa inevitável mortalidade.
Nós estamos alienados de nosso ser no mundo.
Adorno é mais específico e pontua: quando mergulhamos em nós mesmos, não descobrimos uma personalidade autônoma, desvinculada dos momentos sociais, mas sim as marcas do sofrimento do mundo alienado.
Nosso objetivo deveria ser, portanto, o de transcender tal alienação.
Podemos fazer isto, vivenciando o nosso angst de cada dia.
Tal prática nos conduz, lentamente e com segurança, para nosso "eu real".
Faz com que nos tornemos "pessoa" (conforme Rogers).
Mas - ao contrário - tendemos a fortalecer nossa alienação, a enfeitá-la com carros, viagens, sapatos, bolsas e vinhos.
Seguimos, resolutos, maqueando cadáveres e caiando sepúlcros.
Mas, do que, exatamente, estamos alienados?
Wilber diz que estamos alienados de nossa própria natureza, de nosso "Ser autêntico" e de nossa inevitável mortalidade.
Nós estamos alienados de nosso ser no mundo.
Adorno é mais específico e pontua: quando mergulhamos em nós mesmos, não descobrimos uma personalidade autônoma, desvinculada dos momentos sociais, mas sim as marcas do sofrimento do mundo alienado.
Nosso objetivo deveria ser, portanto, o de transcender tal alienação.
Podemos fazer isto, vivenciando o nosso angst de cada dia.
Tal prática nos conduz, lentamente e com segurança, para nosso "eu real".
Faz com que nos tornemos "pessoa" (conforme Rogers).
Mas - ao contrário - tendemos a fortalecer nossa alienação, a enfeitá-la com carros, viagens, sapatos, bolsas e vinhos.
Seguimos, resolutos, maqueando cadáveres e caiando sepúlcros.
O consumismo é uma fuga do angst e da morte |
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Tifões Bêbados
Nós somos seres compostos. Seres compostos de diversos modos.
Há mais de cem anos, Freud estabeleceu um desses modos: somos id, ego e superego. Jung radicalizou ao citar os arquétipos: anima, animus, grande mãe, grande sábio etc.
Biologicamente também somos seres compostos - em nossa estrutura cerebral aninham-se cérebro reptiliano, cérebro límbico e neocórtex.
Ora, o que faz a droga? Seja ela lícita ou não.
Invariavelmente, debilita o neocórtex, liberando impulsos límbicos e reptilianos.
Deste modo, drogados, supomos deter sabedoria, poder ou ser um grande conquistador.
Na verdade, conseguimos apenas regredir à condição de australopithecos.
Há mais de cem anos, Freud estabeleceu um desses modos: somos id, ego e superego. Jung radicalizou ao citar os arquétipos: anima, animus, grande mãe, grande sábio etc.
Biologicamente também somos seres compostos - em nossa estrutura cerebral aninham-se cérebro reptiliano, cérebro límbico e neocórtex.
Ora, o que faz a droga? Seja ela lícita ou não.
Invariavelmente, debilita o neocórtex, liberando impulsos límbicos e reptilianos.
Deste modo, drogados, supomos deter sabedoria, poder ou ser um grande conquistador.
Na verdade, conseguimos apenas regredir à condição de australopithecos.
Tifões Bêbados |
quinta-feira, 19 de maio de 2011
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Uma Metáfora: Desencontros
Maria quer algo de José
Algo que demonstre que José a ama
Ela espera ansiosamente tal gesto de amor
José é um homem bom e trabalhador
Pensou no que agradaria Maria
Deu-lhe um ventilador
Maria queria flores
Ganhou ventiladores
Expressou sua dor
José não a compreendeu
Esperava alegria e sorriso
Recebeu um desagradável mau humor
É sempre assim, pensam ambos.
Novamente não conversam
Maria, em sua carência de amor, espera que da próxima vez
José satisfaça seus silenciosos desejos
Gosta de ganhar presente de surpresa
Perde a chance de explicar o que deseja
É obrigação de José perceber o que ela quer.
José não entendeu a frustração de Maria
Honesto, responsável e dedicado marido,
No que foi que ele errou?
Não consegue falar a linguagem dos sentimentos.
Talvez nunca tivesse olhado no fundo dos olhos de Maria.
Os dois sofreram fundo, cada um, suas próprias carências.
E o casamento ainda existe; Maria, por amor a José, continua esperando flores.
E José, por amor a Maria, continua trazendo ventiladores. [Içami Tiba]
Algo que demonstre que José a ama
Ela espera ansiosamente tal gesto de amor
José é um homem bom e trabalhador
Pensou no que agradaria Maria
Deu-lhe um ventilador
Maria queria flores
Ganhou ventiladores
Expressou sua dor
José não a compreendeu
Esperava alegria e sorriso
Recebeu um desagradável mau humor
É sempre assim, pensam ambos.
Novamente não conversam
Maria, em sua carência de amor, espera que da próxima vez
José satisfaça seus silenciosos desejos
Gosta de ganhar presente de surpresa
Perde a chance de explicar o que deseja
É obrigação de José perceber o que ela quer.
José não entendeu a frustração de Maria
Honesto, responsável e dedicado marido,
No que foi que ele errou?
Não consegue falar a linguagem dos sentimentos.
Talvez nunca tivesse olhado no fundo dos olhos de Maria.
Os dois sofreram fundo, cada um, suas próprias carências.
E o casamento ainda existe; Maria, por amor a José, continua esperando flores.
E José, por amor a Maria, continua trazendo ventiladores. [Içami Tiba]
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terça-feira, 17 de maio de 2011
sexta-feira, 13 de maio de 2011
Kumonicando na íntegra
Segue o nosso Kumonicando - jornal da Unidade Kumon da Ponta Verde - Durval Gumarães, 967 - A.
Aqui o leitor pode conhecer um pouco de nossa filosofia e do Método Kumon.
Aqui o leitor pode conhecer um pouco de nossa filosofia e do Método Kumon.
CLIQUE NA MINIATURA PARA AUMENTAR.
quarta-feira, 11 de maio de 2011
1ª - A Inobservância da Hierarquia na Escola
Comentei em breve artigo - aqui publicado - tal desgraça pedagógica.
Considerei preliminarmente, portanto, os seguintes fatos:
1. É de conhecimento geral que, à moda do pêndulo de Foucault, historicamente, passamos períodos de maior ou de menor liberdade, e sempre com tendência ao exagero em cada qual dos extremos.
2. Recentemente - pelo menos para os que estão perto dos 50 anos - vivemos uma ditadura militar, um longo período autoritário em que se impunha e se incentivava uma hierarquia agressiva e castradora.
3. A partir do final dos anos oitenta, concomitante à redemocratização do país, assistimos a uma verdadeira revolução de costumes, quase sempre saudável e que deve ser recebida como uma grande conquista da sociedade brasileira.
4. Não obstante, alerte-se, há que estarmos atentos aos exageros de «liberdade», que podem caracterizá-la como anarquia pura e simples. Mera ausência de hierarquia. Expressando quase uma formação reativa aos tempos de ditadura.
5. A hierarquia saudável - chamada de holoarquia - nasce do amor, por exemplo, do pai e da mãe pelo filho.
É essa autoridade saudável que devemos resgatar para que possamos educar, de fato, nossos filhos.
Autoridade resgatada que, antes de ser um poder, é um dever. Antes de ser um direito, é um ato de amor. Não devemos esmorecer no mister de mostrar o caminho da responsabilidade e da autonomia aos nossos filhos. Mais tarde, com certeza, ele nos agradecerão.
Aqui acrescentarei, apenas, que o problema na escola torna-se mais visível e, portanto, mais fácil de se combater.
Como primeira sugestão: toda escola deve ter um psicólogo devidamente preparado para cada grupo de duzentos alunos. Acredito que seria um bom começo.
E assim chegamos ao fim deste longo post segmentado sobre o provisório e incompleto "Primeiro Ranking das Desgraças Pedagógicas Contemporâneas". 2ª - Neste cartum o artista foi especialmente preciso |
terça-feira, 10 de maio de 2011
2ª - Módulos
Sobre os Módulos começo com uma ressalva: em geral, eles estão melhorando, pelo menos nos últimos dois anos.
Piorar é que não podiam. Cheguei a encontrar cerca de quarenta erros em 20 páginas de determinada espécime.
Por razões (não tão) obscuras, as escolas resolveram trocar os livros (alguns com mais de quarenta anos de maturação, revisões etc; como os "Iezzes", "Ramalhos" e outros) por apostilas, às vezes feitas às pressas, em seus próprios quintais. Estamos falando dos famigerados Módulos.
Resultado: um desastre que dá náuseas. Uma mistura de plágio, com colagem da web e péssimas produções originais.
Poucos sabem, mas os próprios professores se recusavam (e ainda se recusam) - com toda razão - a usar os tais Frankensteins.
A boa notícia é que, ultimamente, algumas escolas estão retornando aos livros, outras contrataram pessoas tenicamente preparadas para confeccionar e melhorar os Módulos. Algumas, infelizmente, ainda permanecem no erro, com Módulos tenebrosos.
O fato é que, para muitos alunos, a desgraça já foi feita.
Piorar é que não podiam. Cheguei a encontrar cerca de quarenta erros em 20 páginas de determinada espécime.
Por razões (não tão) obscuras, as escolas resolveram trocar os livros (alguns com mais de quarenta anos de maturação, revisões etc; como os "Iezzes", "Ramalhos" e outros) por apostilas, às vezes feitas às pressas, em seus próprios quintais. Estamos falando dos famigerados Módulos.
Resultado: um desastre que dá náuseas. Uma mistura de plágio, com colagem da web e péssimas produções originais.
Poucos sabem, mas os próprios professores se recusavam (e ainda se recusam) - com toda razão - a usar os tais Frankensteins.
A boa notícia é que, ultimamente, algumas escolas estão retornando aos livros, outras contrataram pessoas tenicamente preparadas para confeccionar e melhorar os Módulos. Algumas, infelizmente, ainda permanecem no erro, com Módulos tenebrosos.
O fato é que, para muitos alunos, a desgraça já foi feita.
Módulos - primeiro cartum autoral publicado neste blog |
segunda-feira, 9 de maio de 2011
3ª - Avaliações
Agora, passaremos a tratar dos problemas que reputo mais sérios.: Avaliações, Módulos e Hierarquia.
Comecemos, pois, com as Avaliações.
Se o leitor acompanha alunos do 8º e 9° anos do nível fundamental ou do 1º ao 3º ano do ensino médio, perceberá que, salvo raríssimas exceções, eles têm notas sofríveis durante o ano inteiro, embora a maioria consiga passar, ainda que "se arrastando".
O primeiro ponto importante a se comentar é que nota não quer dizer nada, se não for comparada à média da turma.
As escolas, em geral, usam as notas como forma de manipulação e pressão; e como que sinalizando que são instituições sérias e exigentes - pura capa. O fato é que nota só tem valor se comparada à média da turma. Uma bela forma de se avaliar, não só o aluno mas, também, o ensino.
O segundo ponto a se atentar, é o de que a forma de avaliação passou a (querer) ser um diferencial, na guerra de mercado entre as escolas, na busca por clientes.
Cada escola inventa uma forma esdrúxula de avaliação e tenta vendê-la como sendo a reinvenção da roda.
Não existem atalhos nem fórmulas mágicas em educação. O que importa é dedicação e trabalho.
Comecemos, pois, com as Avaliações.
Se o leitor acompanha alunos do 8º e 9° anos do nível fundamental ou do 1º ao 3º ano do ensino médio, perceberá que, salvo raríssimas exceções, eles têm notas sofríveis durante o ano inteiro, embora a maioria consiga passar, ainda que "se arrastando".
O primeiro ponto importante a se comentar é que nota não quer dizer nada, se não for comparada à média da turma.
As escolas, em geral, usam as notas como forma de manipulação e pressão; e como que sinalizando que são instituições sérias e exigentes - pura capa. O fato é que nota só tem valor se comparada à média da turma. Uma bela forma de se avaliar, não só o aluno mas, também, o ensino.
O segundo ponto a se atentar, é o de que a forma de avaliação passou a (querer) ser um diferencial, na guerra de mercado entre as escolas, na busca por clientes.
Cada escola inventa uma forma esdrúxula de avaliação e tenta vendê-la como sendo a reinvenção da roda.
Não existem atalhos nem fórmulas mágicas em educação. O que importa é dedicação e trabalho.
Avaliações Esdrúxulas... |
domingo, 8 de maio de 2011
4ª - "Grafite" (Lapiseira)
Para não perder o "fio da meada", continuemos discorrendo sobre os ítens do "Ranking das desgraças pedagógicas contemporâneas" que são, só para lembrar.
1ª - A inobservância da hierarquia na escola - manda quem paga; obedece quem ensina;
2ª - Módulos - os famigerados substitutos dos livros;
3ª - Avaliações - complicadíssimas, que ninguém entende os critérios e que cada escola inventa uma diferente ao seu bel prazer;
4ª - "Grafite" (Lapiseiras) - aquelas coisinhas, mestiças de caneta e lápis, que vivem quebrando as pontas;
5ª - Apagar contas feitas, mesmo as corretas - ação inócua, poluidora e antipedagógica;
6ª - Técnica do perdir emprestado - Aquela que substituiu o "vai um", lembram?
Já falamos sobre a sexta e a quinta. Comentemos, pois, a quarta.
Quando falo em lapiseira, falo disto:
Portanto, não estou falando disto:
A observação é pertinente porque antigamente chamava-se o atual apontador de lapiseira.
A primeira vez que vi uma lapiseira foi em 1981 - quando comecei a cursar Engenharia Civil. A disciplina era Desenho Técnico I e o uso da lapiseira (na época, equivocadamente, chamada de grafite) justificava-se pela necessidade de precisão dos traços sobre o papel vegetal.
Admita-se, a bichinha é bonita. Cheia de detalhes. E precisa - no sentido de exata.
Mas para alunos do nível médio qual a utilidade?
Uma: aumentar o custo com material escolar (coitado dos pais).
A segunda (e mais "importante"): proporcionar aos alunos uma fonte de "enrolation". Tá cansado? force um pouquinho a ponta e ela quebra. Há, acabou o grafite... Tem que trocar...
A ponta de grafite vive quebrando - manipulada por quem não tem maturidade nem preparo para manipulá-la - fato que leva à desconcentração e, às vezes, até a irritação do aluno.
Então, pergunta-se: por que então não usar os bons e velhos lápis?
De jeito algum!
Eles são muito mais baratos e funcionam de verdade!
1ª - A inobservância da hierarquia na escola - manda quem paga; obedece quem ensina;
2ª - Módulos - os famigerados substitutos dos livros;
3ª - Avaliações - complicadíssimas, que ninguém entende os critérios e que cada escola inventa uma diferente ao seu bel prazer;
4ª - "Grafite" (Lapiseiras) - aquelas coisinhas, mestiças de caneta e lápis, que vivem quebrando as pontas;
5ª - Apagar contas feitas, mesmo as corretas - ação inócua, poluidora e antipedagógica;
6ª - Técnica do perdir emprestado - Aquela que substituiu o "vai um", lembram?
Já falamos sobre a sexta e a quinta. Comentemos, pois, a quarta.
Quando falo em lapiseira, falo disto:
LAPISEIRA |
Portanto, não estou falando disto:
APONTADOR |
A observação é pertinente porque antigamente chamava-se o atual apontador de lapiseira.
A primeira vez que vi uma lapiseira foi em 1981 - quando comecei a cursar Engenharia Civil. A disciplina era Desenho Técnico I e o uso da lapiseira (na época, equivocadamente, chamada de grafite) justificava-se pela necessidade de precisão dos traços sobre o papel vegetal.
Admita-se, a bichinha é bonita. Cheia de detalhes. E precisa - no sentido de exata.
Mas para alunos do nível médio qual a utilidade?
Uma: aumentar o custo com material escolar (coitado dos pais).
A segunda (e mais "importante"): proporcionar aos alunos uma fonte de "enrolation". Tá cansado? force um pouquinho a ponta e ela quebra. Há, acabou o grafite... Tem que trocar...
A ponta de grafite vive quebrando - manipulada por quem não tem maturidade nem preparo para manipulá-la - fato que leva à desconcentração e, às vezes, até a irritação do aluno.
Então, pergunta-se: por que então não usar os bons e velhos lápis?
De jeito algum!
Eles são muito mais baratos e funcionam de verdade!
Dia das mães e um papo com Felipe
Começo parabenizando a todas as mães pelo seu dia.
Hoje, claro, fui ver a minha mãe. O agradável encontro familiar foi na aprazível casa de meu irmão Rafael.
Ao chegar lá, fui recebido por meu sobrinho, Felipe de 13 anos.
- Tio - disse ele - fui lá no seu blog. Vi aquela coisa de Ranking (o Ranking das desgraças pedagógicas contemporâneas) - eu só não entendi aquele post do pedir emprestado...
Na hora, pensei: "nada como a prática para esclarecer pequenas dúvidas".
- Felipe, como você faria a conta "21-19"? - disse, entregando-lhe um papel e uma caneta que estavam sobre uma mesa.
Vejam a figura abaixo. A conta que Felipe (um bom aluno do 8º ano) fez é a da esquerda. Ele usou o "Método do Pedir Emprestado". A conta que eu fiz é a da direita, pelo "Método do Vai Um".
Observem que a conta dele está rabiscada, o "21" virou "211", o "2" está riscado e apareceu um "121" na vertical (como conferir tal conta?) - numa palavra, ele está, ainda, no estágio das operações concrets.
A minha conta está limpa pois foi feita mentalmente, sem guardar reservas.
A forma que o Felipe utilizou para resolver a questão é - infelizmente - a padrão, na atualidade. Não sendo, portanto, um déficit dele em particular, mas, uma deficiência coletiva de quase todos alunos por conta da equivocada prática pedagógica atual.
Hoje, claro, fui ver a minha mãe. O agradável encontro familiar foi na aprazível casa de meu irmão Rafael.
Ao chegar lá, fui recebido por meu sobrinho, Felipe de 13 anos.
- Tio - disse ele - fui lá no seu blog. Vi aquela coisa de Ranking (o Ranking das desgraças pedagógicas contemporâneas) - eu só não entendi aquele post do pedir emprestado...
Na hora, pensei: "nada como a prática para esclarecer pequenas dúvidas".
- Felipe, como você faria a conta "21-19"? - disse, entregando-lhe um papel e uma caneta que estavam sobre uma mesa.
Vejam a figura abaixo. A conta que Felipe (um bom aluno do 8º ano) fez é a da esquerda. Ele usou o "Método do Pedir Emprestado". A conta que eu fiz é a da direita, pelo "Método do Vai Um".
Observem que a conta dele está rabiscada, o "21" virou "211", o "2" está riscado e apareceu um "121" na vertical (como conferir tal conta?) - numa palavra, ele está, ainda, no estágio das operações concrets.
A minha conta está limpa pois foi feita mentalmente, sem guardar reservas.
A forma que o Felipe utilizou para resolver a questão é - infelizmente - a padrão, na atualidade. Não sendo, portanto, um déficit dele em particular, mas, uma deficiência coletiva de quase todos alunos por conta da equivocada prática pedagógica atual.
sábado, 7 de maio de 2011
5ª - Apagar contas feitas, mesmo as corretas
Aqui é importante introduzir um conceito relativamente novo. O conceito de meme.
Chama-se Meme, uma unidade de informação que se multiplica de cérebro em cérebro, ou entre locais onde a informação é armazenada. Um meme pode formar estruturas compostas como uma palavra, uma música e até um comportamento.
No nosso caso, o comportamento é apagar contas feitas, mesmo as corretas.
Comecei observando esse comportamento equivocado em um, dois alunos. Mais tarde, percebi que era um comportamento generalizado. Um traço de TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) em massa. Uma prática prejudicial que se espalhava como erva daninha.
A favor da forma descartava-se o conteúdo.
Esta "desgraça" ocupa o quinto lugar no ranking porque nega a máxima: "aprende-se, também, com os erros", mas, é facilmente corrigível por um professor atento e paciente.
Chama-se Meme, uma unidade de informação que se multiplica de cérebro em cérebro, ou entre locais onde a informação é armazenada. Um meme pode formar estruturas compostas como uma palavra, uma música e até um comportamento.
No nosso caso, o comportamento é apagar contas feitas, mesmo as corretas.
Comecei observando esse comportamento equivocado em um, dois alunos. Mais tarde, percebi que era um comportamento generalizado. Um traço de TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) em massa. Uma prática prejudicial que se espalhava como erva daninha.
A favor da forma descartava-se o conteúdo.
Esta "desgraça" ocupa o quinto lugar no ranking porque nega a máxima: "aprende-se, também, com os erros", mas, é facilmente corrigível por um professor atento e paciente.
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Técnica do perdir emprestado (6ª no Ranking)
A técnica do pedir emprestado talvez seja a mais inofensiva de todas as desgraças pedagógicas do Ranking. Não obstante, pode ser a mais "complicadinha" de explicar.
Primeiro vou lembras aos senhores e às senhoras o que é a "técnica do pedir emprestado".
1 - Antigamente, fazíamos uma "conta" de subtrair do seguinte modo: por exemplo, "21 - 19". Armava-se a conta e procedíamos: "nove para um? Não pode, então: nove para onze? "2", vai "1". E seguíamos, "1" mais "1" igual a "2". Dois para dois, zero. Resposta: dois. Vinte e um menos dezenove é igual a dois. Tudo feito, na prática, mentalmente.
2 - Na "técnica do pedir emprestado" age-se do seguinte modo com a mesma "conta": nove para um, não pode. Pede-se emprestado um do dois (riscando o "2", e aí - no ato de riscar - é que mora o perigo), transformando o "2" em um "1". O "1" que foi pedido emprestado, vira "10" e é somado ao "1"do 21, perfazendo "11". Assim, nove para "11", "2". E a "conta" continua. "1" para "1" (aquele que era "2" antes de ser riscado), zero. resposta "2".
O leitor atento percebeu o núcleo do problema. A "conta" fica toda riscada. Esta prática ocasiona dois propblemas sérios,
O primeiro: como poderemos conferir a "conta" se ela está toda riscada?
O segundo problema é ainda mais grave e refere-se ao desenvolvimento cognitivo do aluno: ele fica irremediavelmente preso ao estágio operacional concreto (Piaget) (manipulando e riscando, guardando reserva) e não evolui para o estágio das operações formais.
Esta técnica ficou na 6ª posição no Ranking porque se o aluno, mesmo usando-a, não rabiscar, ela perderá sua capacidade de prejudicar.
Primeiro vou lembras aos senhores e às senhoras o que é a "técnica do pedir emprestado".
1 - Antigamente, fazíamos uma "conta" de subtrair do seguinte modo: por exemplo, "21 - 19". Armava-se a conta e procedíamos: "nove para um? Não pode, então: nove para onze? "2", vai "1". E seguíamos, "1" mais "1" igual a "2". Dois para dois, zero. Resposta: dois. Vinte e um menos dezenove é igual a dois. Tudo feito, na prática, mentalmente.
2 - Na "técnica do pedir emprestado" age-se do seguinte modo com a mesma "conta": nove para um, não pode. Pede-se emprestado um do dois (riscando o "2", e aí - no ato de riscar - é que mora o perigo), transformando o "2" em um "1". O "1" que foi pedido emprestado, vira "10" e é somado ao "1"do 21, perfazendo "11". Assim, nove para "11", "2". E a "conta" continua. "1" para "1" (aquele que era "2" antes de ser riscado), zero. resposta "2".
O leitor atento percebeu o núcleo do problema. A "conta" fica toda riscada. Esta prática ocasiona dois propblemas sérios,
O primeiro: como poderemos conferir a "conta" se ela está toda riscada?
O segundo problema é ainda mais grave e refere-se ao desenvolvimento cognitivo do aluno: ele fica irremediavelmente preso ao estágio operacional concreto (Piaget) (manipulando e riscando, guardando reserva) e não evolui para o estágio das operações formais.
Esta técnica ficou na 6ª posição no Ranking porque se o aluno, mesmo usando-a, não rabiscar, ela perderá sua capacidade de prejudicar.
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Ranking das desgraças pedagógicas contemporâneas
Observando o comportamento de muitos alunos, oriundos de várias escolas (públicas e privadas) de nossa cidade, ao longo dos últimos oito anos, tenho notado certos equívocos pedagógicos que seriam cômicos, se não fossem trágicos.
Comportamentos que são, sem dúvida, prejudiciais aos seus desenvolvimentos cognitivo e emocional.
Pretendo neste post, apresentar um provisório Ranking das desgraças pedagógicas contemporâneas.
Submeto-o à apreciação de pais, avôs, responsáveis, pedagogos, psicólogos, alunos e quaisquer outros interessados, comprometendo-me, desde já, a revê-lo ou ampliá-lo, caso necessário.
Em posts porteriores, analisarei cada um dos temas ranqueado, individualmente.
Eis, pois, o Ranking (v. 2.0):
1ª - A inobservância da hierarquia na escola - manda quem paga; obedece quem ensina;
2ª - Módulos - os famigerados substitutos dos livros;
3ª - Avaliações - complicadíssimas, que ninguém entende e que cada escola inventa uma diferente ao seu bel prazer;
4ª - "Grafite" (Lapiseiras) - aquelas coisinhas, mestiças de caneta e lápis, que vivem quebrando as pontas;
5ª - Apagar contas feitas, mesmo as corretas - ação inócua, poluidora e antipedagógica;
6ª - Técnica do perdir emprestado - Aquela que substituiu o "vai um", lembram?
Pois é. Este é o Ranking. Vocês concordam?
Comentarei cada um do itens, individualmente.
Comportamentos que são, sem dúvida, prejudiciais aos seus desenvolvimentos cognitivo e emocional.
Pretendo neste post, apresentar um provisório Ranking das desgraças pedagógicas contemporâneas.
Submeto-o à apreciação de pais, avôs, responsáveis, pedagogos, psicólogos, alunos e quaisquer outros interessados, comprometendo-me, desde já, a revê-lo ou ampliá-lo, caso necessário.
Em posts porteriores, analisarei cada um dos temas ranqueado, individualmente.
Eis, pois, o Ranking (v. 2.0):
1ª - A inobservância da hierarquia na escola - manda quem paga; obedece quem ensina;
2ª - Módulos - os famigerados substitutos dos livros;
3ª - Avaliações - complicadíssimas, que ninguém entende e que cada escola inventa uma diferente ao seu bel prazer;
4ª - "Grafite" (Lapiseiras) - aquelas coisinhas, mestiças de caneta e lápis, que vivem quebrando as pontas;
5ª - Apagar contas feitas, mesmo as corretas - ação inócua, poluidora e antipedagógica;
6ª - Técnica do perdir emprestado - Aquela que substituiu o "vai um", lembram?
Pois é. Este é o Ranking. Vocês concordam?
Comentarei cada um do itens, individualmente.
O professor não é respeitado como deveria! |
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Artigo para o Kumonicando
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