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Já disse que somos seres compostos:
Nós somos seres compostos. Seres compostos de diversos modos.
Há mais de cem anos, Freud estabeleceu um desses modos: somos id, ego e superego. Jung radicalizou ao citar os arquétipos: anima, animus, grande mãe, grande sábio etc.
Biologicamente também somos seres compostos - em nossa estrutura cerebral aninham-se cérebro reptiliano, cérebro límbico e neocórtex.
Nietzsche vai além, considera que somos compostos de forças e vontades - e não só as pessoas, mas todo o Kosmos - feito de coisas, de fatos e de vivências (como entendido pelos pré-socráticos) - é também composto de forças e de vontades.
Forças ativas, forças passivas. Vontade de potência. Vontade do que é ainda potencial. Vontade de expressão.
A vontade afirmativa de potência é a força criativa que - conforme Winnicott - dignifica a vida. É arte.
Mas, nos ensina Afonso Fonseca (in Gestalt Terapia Fenomenológico Existencial): [A] vontade de potência [...]pode assumir [uma] forma de auto-negação e vingança, como niilismo, vontade de nada, vontade negativa de potência.
E, deste modo, configurar-se como loucura vingativa e ressentida que - num segundo momento - se volta contra o próprio ressentido e o constitui como objeto de sua ira vingativa, geratriz de culpa.
Eis o fundamento da cultura jadáico-cristã e da culpa sem causa.
Eis o fundamento dos relacionamentos tóxicos e do "vampirismo emocional".
Rildo! É uma honra ser citadopor vc em seu Blog. Parabéns pelo mesmo, está cada vez melhor. Abraço. Afonso.
ResponderExcluirA honra é toda minha Afonso. E agora, que estou podendo me dedicar totalmente a psicologia, tenho lido - e relido - seus livros com mais vagar. De modo que outras citações virão, com certeza.
ResponderExcluirMuito obrigado por tudo.
Um abraço. Rildo