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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Dinamite Pura

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Já disse que somos seres compostos:

Nós somos seres compostos. Seres compostos de diversos modos.
Há mais de cem anos, Freud estabeleceu um desses modos: somos
id, ego e superego. Jung radicalizou ao citar os arquétipos: anima, animus, grande mãe, grande sábio etc.
Biologicamente também somos seres compostos - em nossa estrutura cerebral aninham-se
cérebro reptiliano, cérebro límbico e neocórtex.

Nietzsche vai além, considera que somos compostos de forças e vontades - e não só as pessoas, mas todo o Kosmos - feito de coisas, de fatos e de vivências (como entendido pelos pré-socráticos) -  é também composto de forças e de vontades.

Forças ativas, forças passivas. Vontade de potência. Vontade do que é ainda potencial. Vontade de expressão.

A vontade afirmativa de potência é a força criativa que - conforme Winnicott - dignifica a vida. É arte.

Mas, nos ensina Afonso Fonseca (in Gestalt Terapia Fenomenológico Existencial): [A] vontade de potência [...]pode assumir [uma] forma de auto-negação e vingança, como niilismo, vontade de nada, vontade negativa de potência.

E, deste modo, configurar-se como loucura vingativa e ressentida que - num segundo momento - se volta contra o próprio ressentido e o constitui como objeto de sua ira vingativa, geratriz de culpa.

Eis o fundamento da cultura jadáico-cristã e da culpa sem causa. 
Eis o fundamento dos relacionamentos tóxicos e do "vampirismo emocional".

2 comentários:

  1. Rildo! É uma honra ser citadopor vc em seu Blog. Parabéns pelo mesmo, está cada vez melhor. Abraço. Afonso.

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  2. A honra é toda minha Afonso. E agora, que estou podendo me dedicar totalmente a psicologia, tenho lido - e relido - seus livros com mais vagar. De modo que outras citações virão, com certeza.
    Muito obrigado por tudo.
    Um abraço. Rildo

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