Grãos de areia, comuns, ampliados 250 vezes por Gary Greenberg |
A visão materialista postula uma visão de Universo estreita, onde nenhum espaço existe para a criatividade.
Tal visão tacanha tem como ícone a obra Méchanique Céleste, do matemático francês Laplace.
Quando questionado por Napoleão sobre o papel do Criador na criação, Laplace respondeu: "Je n'avais pas besoin de cette hypothèse-là", ou seja, que ele não necessitara da hipótese da existência de um Criador para edificar a sua teoria cosmológica.
Por outro lado, o psicanalista Winnicott atribuiu à criatividade o poder de dignificar a vida.
Estar vivo, para ele, é ser criativo.
Apresentei até agora, duas visões de mundo: uma que exalta a criatividade; outra que a desdenha.
Sou - nesse particular - adepto da segunda visão, a de Winnicott.
A criatividade é a base da liberdade e de fato "dá significado à vida".
E mais: o Universo é criativo. É da natureza do Kosmos (como concebido pelos pré-socráticos) ser criativo.
E é dessa criatividade que emerge a vida, do inanimado; a evolução (filogenética) e o desenvolvimento (ontogenético).
Esta criatividade, divina ou cosmológica, está por todos os lados e (veja a figura acima), literalmente, em cada grão de areia.
Responder compulsivamente, mecanicamente aos desafios do dia-a-dia é agir como um zumbi. É estar morto.
Estar vivo é - como nos ensinou Winnicott - ser criativo a cada momento.
:O Fantásticooo!
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