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domingo, 28 de agosto de 2011

29 de agosto - DIA NACIONAL DE COMBATE AO FUMO

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Uma grande parcela do investimento em marketing feito pela indústria do tabaco é direcionada a atrair crianças e adolescentes.
Além de embalagens coloridas e com designs elaborados, a indústria introduziu uma ampla variedade de aromas e sabores atraentes, capazes de mascarar o gosto amargo de todos os produtos derivados do tabaco. ]
Ao torná-los mais atraentes e agradáveis ao paladar ou com maior potencial de causarem dependência, esses aditivos aumentam, consequentemente, a possibilidade de causar danos à saúde.
Os aditivos estão nos cigarros, charutos, tabaco sem fumaça, kreteks, bidis e narguilé. Açúcar, mel, cereja, tutti-frutti, menta, baunilha e chocolate, entre outros sabores, visam mascarar tanto o gosto ruim do tabaco, quanto a irritação e a tosse que sua fumaça provoca; e, assim, facilitar a primeira tragada e o desenvolvimento da dependência à nicotina. 
Vários estudos indicam que os adolescentes são especialmente vulneráveis a esses efeitos e têm maior probabilidade que os adultos de ficar dependentes do tabaco. Muitos dos aditivos, inclusive o açúcar, ao serem queimados durante o ato de fumar, se transformam em substâncias altamente tóxicas e cancerígenas.
O único objetivo da indústria ao acrescentar sabores e aromas ao tabaco é atrair você.
Cuidado com as armadilhas! 

Fonte do texto: INCA - Ações e Programas.
http://www2.inca.gov.br

sábado, 27 de agosto de 2011

Amo os cães



PARA HALLEY

Amo os cães.
Definitivamente os amo.
Porque em seus olhos estão os últimos gestos de pureza...
A natureza alçando vôo, rumo aos primatas.

Amo-os.
Sem os porquês utilitários.
Mas, como reverência à espantosa,
Capacidade de nos compreender.

Amo-os.
Em reverência a uma autenticidade expontânea.
Tal e qual,
O Big Bang...

Amo-os.
Em reverência a uma dignidade vivenciada.
Tal e qual,
O Big Crunch...

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Pensando bem...

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A televisão brasileira  não faz apologia ao homosexualismo.
A televisão brasileira faz apologia à histeria e á insanidade.
Os meios de comunicação têm função social e educativa.
Parece que ninguém sabe disso neste país.
O que importa é que tenha audiência, independentemente do quão sórdida seja a programação.
Que importa se retornarmos à barbárie; se o Ibope satisfaz...

Mas não é apenas o dinheiro que importa; é, também, a convicção de meia dúzia de cabeças alopradas,  que dominam a mídia e que determinam o Festival de Besteiras que Assolam às Telas...

Família esfacelada, igreja desmantelada e desmoralizada.
Parodiando Frei Beto: quem vai educar nossas crianças são a Mulher Melancia e a Geice...

A solução?
Investir em desenvolvimento humano, cada segundo que dispomos.
Pirotecnias hipócritas como o "Criança Esperança", uma vez ao ano, ajudam muito pouco.

Vamos começar a ensinar o que é DESENVOLVIMENTO HUMANO a pais e professores.
O resto, é conversa para boi dormir...


quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Um exército de frustrados...

No ano passado 50.000 estrangeiros vieram trabalhar no Brasil.
Mas, estamos falando apenas de trabalhadores com "nível superior": engenheiros, programadores...

A pergunta que não quer calar: e precisamos?

O pequeno estado de Alagoas forma centenas - eu disse centenas - de trabalhadores dessas áreas a cada ano. O Brasil, milhares.

O fato: forma-se mão-de-obra absolutamente desqualificada. Forma-se um exército de frustrados.
Embora o país esteja crescendo, a mão-de-obra formada nas nossas deficientes faculdades permanece desempregada ou subempregada, porque os diplomas que carregam não passam de ouro de tolo.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Rumo a Londres...


Nos anos 60, chique era ter um filho trabalhando no Banco do Brasil.

Pedrinho é funcionário do Banco do Brasil... – dizia o pai, com a voz toda empolada e cheio de orgulho.

Nos anos 70, com o advento do “milagre brasileiro”, em plena ditadura militar, o top da hora, era ser engenheiro – pois vivíamos o tempo das obras faraônicas: a Transamazônica (que ligava o nada a lugar nenhum), Itaipu, a maior usina hidrelétrica do planeta, a ponte Rio-Niterói etc.

Independentemente dessas mudanças históricas, ser médico, sempre representou um alto nível de status profissional.

Vieram os anos 80, as crises econômicas, a hiperinflação, o fim da ditadura. 
A Nova República: o Estado precisava de dinheiro e a via era a tributação: esta foi a década de ouro das Carreiras de Estado ligadas ao Poder Executivo: ser fiscal de rendas era ser bem sucedido.

Os anos 90, baseados principalmente na Nova Constituição (de 1988) que (re)valorizou as carreiras jurídicas, alçaram-nas ao topo: promotores de justiça e juízes de direito encarnaram o arquétipo da realização profissional.

O século XXI trouxe novos e diversos aspectos a ser considerado nesta selva de pedra de afirmação profissional:

A muito bem vinda política de inclusão dos últimos dez anos, implantada pelo Estado brasileiro, no campo da formação profissional, praticamente acabou com o processo seletivo para o nível superior. O efeito colateral disto: o nosso país está enxameado de péssimas faculdades, habitadas por hordas de analfabetos e analfabetos funcionais.

Títulos – pelo motivo exposto no parágrafo anterior – pouco valem. 
O que vale hoje é o saber. Saber que não é devidamente valorizado pela maioria das escolas. As públicas e as privadas, por  motivos diversos. Nas privadas, valoriza-se pura e simplesmente o Marketing; nas públicas: subsiste a pasmaceira sem fim.

Diante deste quadro, estamos criando um exército de frustrados. Neste ponto, até que parecemos com Londres.

Rildo Oliveira, agosto de 2011.

Mais de Quintana


sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Jesus, o educador...

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Se Jesus fosse educador nos dias de hoje, ele teria que fazer muitos milagres mesmo !!!Nem o Senhor Jesus aguentaria ser um professor nos dias de hoje....
O Sermão da montanha
(*versão para educadores*)

Naquele tempo, Jesus subiu a um monte seguido pela multidão e, sentado
sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se aproximassem.

Ele os preparava para serem os educadores capazes de transmitir a lição da Boa Nova a todos os homens.


Tomando a palavra, disse-lhes:
- Em verdade, em verdade vos digo:

- Felizes os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.
- Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
- Felizes os misericordiosos, porque eles...?

Pedro o interrompeu:
- Mestre, vamos ter que saber isso de cor?

André perguntou:
- É pra copiar?

Filipe lamentou-se:
- Esqueci meu papiro!


Bartolomeu quis saber:
- Vai cair na prova?

João levantou a mão:
- Posso ir ao banheiro?

Judas Iscariotes resmungou:
- O que é que a gente vai ganhar com isso?

Judas Tadeu defendeu-se:
- Foi o outro Judas que perguntou!

Tomé questionou:
- Tem uma fórmula pra provar que isso tá certo?

Tiago Maior indagou:
- Vai valer nota?

Tiago Menor reclamou:
- Não ouvi nada, com esse grandão na minha frente.

Simão Zelote gritou, nervoso:
- Mas porque é que não dá logo a resposta e pronto!?

Mateus queixou-se:
- Eu não entendi nada, ninguém entendeu nada!


Um dos fariseus, que nunca tinha estado diante de uma multidão nem ensinado nada a ninguém, tomou a palavra e dirigiu-se a Jesus, dizendo:
- Isso que o senhor está fazendo é uma aula?
- Onde está o seu plano de curso e a avaliação diagnóstica?
- Quais são os objetivos gerais e específicos?
- Quais são as suas estratégias para recuperação dos conhecimentos prévios?


Caifás emendou:
- Fez uma programação que inclua os temas transversais e atividades integradoras com outras disciplinas?
- E os espaços para incluir os parâmetros curriculares gerais?
- Elaborou os conteúdos conceituais, processuais e atitudinais?


Pilatos, sentado lá no fundão, disse a Jesus:
- Quero ver as avaliações da primeira, segunda e terceira etapas e reservo-me o direito de, ao final, aumentar as notas dos seus discípulos para que se cumpram as promessas do Imperador de um ensino de qualidade.
- Nem pensar em números e estatísticas que coloquem em dúvida a eficácia do nosso projeto.
- E vê lá se não vai reprovar alguém!

E, foi nesse momento que Jesus disse: "Senhor, por que me abandonastes..."



Fonte: Recebi por e-mai

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Projeto de Lei 267/11

Os jovens estão confundindo o virtual e o real. Vão quebrar a cara. 


























































































                


A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 267/11, da deputada Cida Borghetti (PP-PR), que estabelece punições para estudantes que desrespeitarem professores ou violarem regras éticas e de comportamento de instituições de ensino.

Em caso de descumprimento, o estudante infrator ficará sujeito a suspensão e, na hipótese de reincidência grave, encaminhamento à autoridade judiciária competente.

A proposta muda o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) para incluir o respeito aos códigos de ética e de conduta como responsabilidade e dever da criança e do adolescente na condição de estudante.

Indisciplina
De acordo com a autora, a indisciplina em sala de aula tornou-se algo rotineiro nas escolas brasileiras e o número de casos de violência contra professores aumenta assustadoramente. Ela diz que, além dos episódios de violência física contra os educadores, há casos de agressões verbais, que, em muitos casos, acabam sem punição.

O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

domingo, 14 de agosto de 2011

O Curioso Caso de Javi Poves

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Por Terra

Os hábitos de Javi Poves sempre causaram estranhamento em seus companheiros de clube. Nas concentrações, enquanto todos assistiam TV, jogavam videogame ou navegavam na internet, o jogador do Sporting de Gijón, da Espanha, costumava passar o tempo lendo livros e mais livros. Não era incomum encontrá-lo entretido com obras como O Capital, de Karl Marx.

Poves sempre foi diferente dos colegas, e sua aposentadoria não fugiu à regra: após o final da última temporada, aos 24 anos, no auge do vigor físico, ele decidiu pendurar as chuteiras. Simplesmente porque se cansou do mundo do futebol, de um estilo de vida contrário a tudo em que acredita. Em entrevista ao jornal ABC de Sevilha, o agora ex-jogador disse que quanto mais conhecia o futebol, mais se dava conta de que tudo girava em torno do dinheiro, de que se tratava de algo podre. Por isso desistiu da profissão.

Para ele, o futebol exerce um efeito narcotizante sobre a sociedade, fazendo todos se esquecerem dos problemas. Diz que deseja a justiça social e condena o consumismo dos dias atuais. Na verdade, ele vai mais além e se declara "antissistema", "anti-tudo": não gosta dos políticos, da direita, da esquerda, não vota.
Quando milhares de espanhóis se reuniram em dezenas de cidades para protestar, às vésperas das eleições parlamentares desse ano, Poves se juntou à multidão que manifestava seu inconformismo com o sistema político na Plaza Mayor de Gijón. No entanto, ele se distancia até do Movimento de Indignados 15 de Maio, como ficou conhecida a mobilização. "É um movimento criado pelos meios de comunicação para canalizar o mal estar social, para que essa multidão não se torne perigosa e incontrolável para o sistema", declarou Poves ao jornal La Nueva España.

O radicalismo de Poves não está só no discurso. Uma vez, ele pediu que seu salário não fosse transferido em conta corrente porque não queria que o banco utilizasse o dinheiro para especular no mercado financeiro. Outra vez, quando cada jogador do Sporting foi presenteado por uma empresa com um carro zero, recusou. Ele já tinha um, não precisava de outro.

A história de sua saída prematura dos gramados repercutiu fortemente na Espanha, estampando as páginas dos maiores jornais do país. Não porque Poves fosse famoso: era um zagueiro central com passagens pelas categorias de base de Atlético de Madrid, Rayo Vallecano, Las Rozas e Navalcarnero. Sua estreia na primeira divisão do país só aconteceu na última rodada da temporada passada, quando jogou dez minutos contra o Hércules, partida que não valia nada para nenhuma das equipes. Antes, tinha jogado duas temporadas na segunda divisão pelo time B do Sporting de Gijón.

Agora, seu objetivo imediato é cursar a faculdade de história, na qual se matriculou recentemente. Do dinheiro que ganhava, ele jura que não sentirá falta, e diz que gastava muito pouco do polpudo salário que recebia. Para o futuro, diz que espera viajar pelo mundo e conhecer os lugares "de verdade", não mais enfurnado em hotéis.

sábado, 13 de agosto de 2011

A Distinção Básica

 
A idéia para escrever este post nasceu enquanto lia Richard Dawkins (um evolucionista-materialista, neo-ateu).
Como neo-religioso, não enxerguei incongruências entre o que penso e o que pensa Dawkins.

Pois vejam: Dawkins em seu livro Deus, um delírio começa com uma DISTINÇÃO BÁSICA entre o que ele chama de religião einsteiniana e religião convencional.
E explicita que os seus ataques serão dirigidos exclusivamente à religião convencional, pois a religião einsteineana é - nos seus próprios termos - respeitável.
Ora, Dawkins está - precisamente e provavelmente sem o saber - distinguindo a religião exotérica da esotérica.
É necessário, em vista dos distúrbios globais da atualidade e do avanço do consumo de drogas, distinguir claramente RELIGIÃO EXOTÉRICA e RELIGIÃO ESOTÉRICA.

(Digo isto porque a epidemia de consumo de drogas está ligada à falência da religião exotérica. Mas isso é tema para um outro post).

Religião exotérica é, a grosso modo, a religião popular, meramente ritualística, simplória, supersticiosa, adotada por mentes infantis e originada exclusivamente do medo. Ela é pré-racional e claramente dogmática, egótica e compulsiva.

Religião esotérica é, a grosso modo, a religião de círculos mais restritos, que nasce do angst da perda de unidade com o Universo e como metáfora perante o mistério da existência. É transracional e fundamenta-se numa concepção de realidade composta de vários níveis. Nasce da experiência, é transegóica e percebe o fenômeno humano como algo transitório.

Deste modo, quando alguém fala sobre o tema "religião" é preciso saber - para começo de conversa - de que tipo de religião ele está falando. Dawkins o diz, claramente.

Se o foco da religião falada for o "eu", certamente seu interlocutor estará falando de religião exotérica.
Na religião esotérica o objetivo sempre será a transcendência do "eu".

Dawkins evidencia, como Nietzsche já tinha feito há cem anos, a falência da religião exotérica.

Pena que não disseram o que colocar em seu lugar...





Qual caminho seguiremos?


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Jesus nega cargo político...

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Prioridades (2) - do blog do Mousinho

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Escândalo do turismo pode chegar em Alagoas

22h18, 09 de agosto de 2011
As prisões do secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico Silva da Costa e do ex-presidente da Embratur, Mário Moysés e mais 35 pessoas pela Polícia Federal, é mais um escândalo que se prenunciava no Brasil e que, lamentavelmente, pode estourar em Alagoas. Não em contratos a exemplo do Instituto de Desenvolvimento de Infra-estrutura do Amapá, o Ibasi, mas, sobretudo, na farra de festas feitas neste país.
As conhecidas emendas parlamentares durante anos encheram o bolso de muita gente, principalmente àquelas que trabalhavam com grandes recursos para promover festas no interior ao som de bandas de reggae e axé.
Alguém, com certeza, ganhava muito com isso.
Enquanto a população não tinha o que comer, uma saúde deficiente, educação falha, saneamento básico nem pensar e uma segurança para inglês ver, as festas rolavam pelos municípios de Alagoas afora e consequentemente no Brasil, com a desculpa do Ministério do Turismo de promover o bem-estar da população. Era ou ainda é, com certeza, um ralo do dinheiro público. É só investigar que se chegará lá. Com certeza a Polícia Federal tem conhecimento dessas arrumações e as prefeituras beneficiadas terão que explicar como pagavam fortunas para bandas até de ponta de rua para enganar a população e se promover eleitoralmente.
Este comentarista, há meses dizia na sua coluna no jornal Extra, que o abuso de verbas públicas distribuídas pelo Ministério do Turismo ainda traria problemas futuros graves. Não deu outra coisa.
Desde ontem milhares de prefeitos, incluindo os alagoanos estão preocupados em como justificar o pagamento de quantias fabulosas, fora da realidade, na contratação de bandas de pagodeiros. Vão ter que mostrar as notas fiscais, e comprovar se elas são quentes ou frias e aí é onde a porca torce o rabo. O próprio Tribunal de Contas do Estado tem glozado muitas despesas de prefeituras consideradas suspeitas. Aí está mais um motivo para apertar a fiscalização, saber quem prestavam o serviço de alegrar o povo, entre aspas e se foram recolhidos devidamente os impostos inerentes aos serviços prestados.
Esta operação da Polícia Federal foi apenas a ponta do iceberg. Muita coisa ainda vai rolar e queira Deus que não chegue a Alagoas.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Exemplo de prioridade...

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Eu sei... eu sei...
"Que da indústria automobilística dependem milhares de trabalhadores".
Mas, aí é que bate o ponto: nós humanos, fundamos sociedades que dependem do consumo de supéfluos.
Ou não são supérfluos os carros de luxo?
E ainda mais supérfluos, se não temos vias para que eles possam trafegar...
A atual crise econômica (agosto, 2011) mostra que criamos um Monstro Financeiro, sem lastro.
A Economia Mundial está, eloquentemente, demonstrando que é um trem sem freio.
Prestes a chegar num engarrafamento!
E já chegou em Londres, na Noruega e nos Estados Unidos.

Os famigerados "Módulos"


sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Sociedade dos zumbis mortos


Tenho falado sobre a importância do comportamento criativo e da sua identidade com o vivo.
Quando apenas re-agimos, mecanicamente, como zumbis, não existimos; não estamos-no-mundo, de fato.
Para se estar-no-mundo é necessária a liberdade expressiva e criativa que transcende o mecânico, o compulsivo.
Para agirmos criativamente, precisamos estar alertas.
Entretanto, existem dois modos de se estar alerta.
O primeiro modo é o de um "estar alerta saudável"; refere-se a uma atenção focada como a de Bruce Lee.
O segundo modo é o de um "estar alerta insano"; um estado de atenção disperso, um estar-em-pânico.
Hoje, nosso cotidiano se desenrola nesse alerta patológico. Estamos em guarda o tempo todo, seja por nós mesmos, por nossos filhos, por familiares, por amigos...
Hoje vivemos, necessariamente, num ambiente gerador de ansiedade.
A ansiedade é a mãe da compulsão e a avó do consumismo.
Estamos mecanizados pelo terror, criativamente mortos e compulsivamente ativos.
Mas o que sustenta e aprofunda esse quadro dantesco?
Em outras palavras: porque os ESTADOS POLÍTICOS sustentam este inferno?
A resposta a esta questão é surpreendentemente simples: porque tais ESTADOS POLÍTICOS são sustentados por este inferno compulsivo - mais conhecido como PODER ECONÔMICO.
O homem criou um tipo de sociedade que se funda no consumo do supérfluo.
A sobrevivência desta sociedade depende da existência de zumbis, muitos zumbis. Consumindo, consumindo...

A vida é sagrada...

Está insuportável acessar os portais da internet.
Só tem violência ou bobagens como essa história da Sandy.
Acredito, que esta época em que vivemos será lembrada como uma espécie de idade média extemporânea.

A vida não está valendo nada.
E se alguém se arvorar de dizer:

- Gente, a vida é sagrada.

Corre o risco de ser trucidado.

Ideli

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Haaa... bom!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Criatividade

Grãos de areia, comuns, ampliados 250 vezes por Gary Greenberg

A visão materialista postula uma visão de Universo estreita, onde nenhum espaço existe para a criatividade.  
Tal visão tacanha tem como ícone a obra Méchanique Céleste, do matemático francês Laplace. 
Quando questionado por Napoleão sobre o papel do Criador na criação, Laplace respondeu: "Je n'avais pas besoin de cette hypothèse-là", ou seja, que ele não necessitara da hipótese da existência de um Criador para edificar a sua teoria cosmológica.
Por outro lado, o psicanalista Winnicott atribuiu à criatividade o poder de dignificar a vida.
Estar vivo, para ele, é ser criativo.

Apresentei até agora, duas visões de mundo: uma que exalta a criatividade; outra que a desdenha.
Sou - nesse particular - adepto da segunda visão, a de Winnicott.

A criatividade é a base da liberdade e de fato "dá significado à vida".
E mais: o Universo é criativo. É da natureza do Kosmos (como concebido pelos pré-socráticos) ser criativo. 
E é dessa criatividade que emerge a vida, do inanimado; a evolução (filogenética) e o desenvolvimento (ontogenético).
Esta criatividade, divina ou cosmológica, está por todos os lados e (veja a figura acima), literalmente, em cada grão de areia.

Responder compulsivamente, mecanicamente aos desafios do dia-a-dia é agir como um zumbi. É estar morto.
Estar vivo é - como nos ensinou Winnicott - ser criativo a cada momento.  

O silêncio que incomoda...

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